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Uma moção, de autoria do vereador Rodrigo Beltrão/PT, foi derrubada por oito votos contrários a cinco favoráveis. O texto tratava de contrariedade às readequações, propostas pela prefeitura, à Avenida Rio Branco, via de acesso ao San Pelegrino Shopping Mall, com inauguração prevista para novembro. Entre as medidas, está a remoção de 23 árvores para reduzir uma calçada e garantir maior fluxo ao trânsito de carros pela via. Votaram contrários à moção: Alaor de Oliveira/PMDB, Ari Dallegrave/PMDB, Arlindo Bandeira/PP, Elói Frizzo/PSB, Geni Peteffi/PMDB, Gustavo Toigo/PDT, Renato Nunes/PRB e Vinicius Ribeiro/PDT. Favoravelmente, se posicionaram os vereadores Ana Corso/PT, Daniel Guerra/PSDB, Denise Pessôa/PT, Renato Oliveira/PCdoB e Rodrigo Beltrão/PDT. O debate sobre a moção foi acompanhado pelo presidente da Associação de Moradores do Bairro São Pelegrino, Antíoco Sartor, e moradores da região.
De acordo com o vereador proponente da moção, o anúncio da redução das calçadas e a consequente remoção de 23 árvores, para ampliar o tráfego da avenida, causaram desconforto na comunidade do bairro São Pelegrino. Beltrão argumenta que, na audiência pública, realizada em 20 de agosto último, proposta pela Comissão de Legislação Participativa e Comunitária, da qual é presidente, ficou clara a necessidade de novos estudos técnicos. Disse que as mudanças propostas estão baseadas, apenas, em análises feitas pelo empreendedor, e não, por parte do Executivo.
Beltrão lembrou, ainda, o projeto de revitalização daquele bairro, elaborado pela atual administração. A iniciativa prevê que se forme um eixo turístico de ampla circulação, desde a Igreja São Pelegrino até a Estação Férrea. É contraditório reduzir o passeio público, uma vez que, segundo o projeto, impactará em maior circulação de pedestres e turistas, que serão atraídos pelo eixo Igreja-Estação Férrea, observou.
Surpresa, a vereadora Geni Peteffi/PMDB leu nota expedida pela assessoria de imprensa da prefeitura, na última segunda-feira (27). No documento, a Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade informava que, no dia seguinte, se iniciariam trabalhos de limpeza, capina e asfaltamento das vias do entorno do novo shopping, conforme o indicado pelo Estudo de Impacto de Trânsito. Em momento algum, a nota diz que serão feitos o corte das árvores e a redução das calçadas. A prefeitura fez um acordo com a associação de moradores daquele bairro, ficando estabelecido que, se fosse tomada qualquer decisão pela secretaria, os moradores seriam os primeiros a ficarem sabendo, informou.
Geni também questionou matéria publicada na edição da última terça-feira (28) do jornal Pioneiro. O texto afirma que a redução das calçadas e o corte de árvores serão realizados em uma semana. Quem escreveu a matéria foi muito infeliz, pois a prefeitura não informou que tais serviços seriam realizados, reforçou.
Ana Corso/PT destacou que o Estudo de Impacto de Trânsito beneficia o empreendedor do shopping e não dialoga com os anseios da comunidade. Não devemos reduzir as calçadas e nem cortar árvores, não podemos aceitar tudo o que o estudo coloca, sustentou. A vereadora pediu que seja estudado algum método menos drástico para a solução do problema.
Elói Frizzo/PSB disse acreditar na nota publicada pelo Executivo. O parlamentar posicionou-se como contrário à moção. A seu ver, ela gera constrangimentos entre Executivo, Câmara e comunidade. Não está esgotado o diálogo com a comunidade. Entendo que ainda conseguiremos chegar a consenso, ponderou.
Ari Dallegrave/PMDB classificou a matéria do jornal Pioneiro como "fofoca". Se há um compromisso de continuar a discussão com a comunidade, isso já está sendo feito pelo Executivo, informou.
Na mesma linha de Ari, Gustavo Toigo/PDT salientou que também crê no conteúdo da nota. A moção veio em um momento inadequado, apontou. Vinicius Ribeiro/PDT reafirmou que defende a associação. Para ele, a moção distanciaria as partes.
Por outro lado, Renato Nunes/PRB manifestou posição contrária ao corte de árvores e à redução de calçadas. Porém, se há um compromisso do Executivo com aquela comunidade, eu voto contra a moção, explicou.
Beltrão voltou a pedir a palavra, para comentar que, se o jornal se equivocou em alguma informação, a prefeitura deveria ter pedido algum tipo de retração por parte do veículo de comunicação.