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As falhas ocorridas na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), no último final de semana, motivaram debate na sessão desta terça-feira (09). Responsável por trazer o assunto à tona, o vereador Ari Dallegrave/PMDB destacou que 4,5 milhões de estudantes participaram das provas, sendo que cerca de 3,3 milhões delas apresentaram problemas na grade de resposta, erros na numeração das questões, além do caderno amarelo ter saído com folhas repetidas ou erradas. Isso foi um desrespeito com todos os jovens estudantes que realizaram a prova, afirmou. Disse que a Defensoria Pública da União recomendou ao Ministério da Educação a anulação do exame.
Com um exemplar da prova em mãos, o vereador Vinicius Ribeiro/PDT criticou o fato de a prova conter questões de teor ideológico sobre temas como reforma agrária, fatores indígenas e homofobia. Acredito que são temas delicados, que a maioria dos jovens não aprende na escola. Não são temas para serem tratados na prova do ENEM, argumentou.
Em oposição a Dallegrave, a vereadora Ana Corso/PT comparou o caso do Enem ao episódio envolvendo o concurso público da Câmara Municipal, realizado em maio passado, e que foi anulado parcialmente, devido a problemas na grade de respostas. Ela observou que falhas dessa natureza, cometidas por empresas licitadas, podem ocorrer, e que o Poder Público não deve ser responsabilizado diretamente.
Ana salientou que, no caso da prova do ENEM, a gráfica responsável pela impressão dos exemplares avaliativos assumiu o erro. Defendeu, ainda, apuração e punição aos responsáveis.
Em concordância, a vereadora Denise Pessôa/PT criticou a possível anulação total do processo seletivo. Argumentou que a parcela de provas a ser refeita é pequena, já que significa 21 mil cadernos do total de 4,5 milhões. A prova do ENEM precisa ter a sua credibilidade preservada, comentou.