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O debate em torno da possibilidade de alteração no modelo de atendimento à saúde mental do município foi retomado na sessão desta quinta-feira (17). Momentos antes, uma reunião aberta das comissões de Saúde e Meio Ambiente e de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança da Câmara Municipal havia trazido mais de 150 pessoas ao Plenário da Casa. Na oportunidade, secretária de Saúde, Maria do Rosário Antoniazzi, manteve a posição de só revelar e discutir o plano completo nesta noite, em reunião com o Conselho Municipal de Saúde.
Na sessão ordinária, a vereadora Ana Corso/PT disse que está havendo confusão entre a política de saúde mental e as residências de tratamento terapêutico. O novo modelo da Secretaria de Saúde transferiria as atuais três residências municipais para um só local: condomínio fechado, no bairro São Ciro. Para Ana, contudo, moradias do gênero só podem comportar, no máximo, oito pessoas. Por isso, não concorda que as 27 pessoas, nessa condição, em Caxias, ficam isoladas numa localidade.
A petista também considerou inadmissível que o Hospital Fátima assuma a terceirização do serviço. Conforme Ana, se confirmadas as alterações, o município entrará em retrocesso, pois segregará doentes, aos moldes dos antigos manicômios. Garantiu que fará pedido de informações ao Executivo, para buscar detalhes sobre o acordo assinado com o Fátima.
Na sequência, o vereador Renato Oliveira/PCdoB confessou estar surpreso pelo fato de a secretária Maria do Rosário não querer detalhar o futuro dos serviços municipais de saúde mental. Enfatizou preocupação com o assunto.
A vereadora Denise Pessôa concordou com as observações dos colegas Ana e Renato.
Por outro lado, a líder do governo, Geni Peteffi/PMDB, ponderou que está havendo, apenas, uma abertura de discussão, a fim de qualificar o sistema de atendimento. Sustentou que não haverá retrocesso.
Na mesma linha, Mauro Pereira/PMDB disse que não pode ocorrer suspeita quanto as intenções da secretária, de trabalhar em benefício da saúde do município.
O projeto da Secretaria da Saúde também prevê a instalação de unidade de atendimento infantil, ambulatório de atenção à saúde da mulher e mais um centro de atenção psicossocial 24 horas.