Desde a tribuna, na sessão desta quinta-feira (24), o vereador Renato Oliveira/PCdoB defendeu maior valorização do piso regional, como forma de qualificar a renda da população gaúcha. A seu ver, a proposta inicial do governo do Estado, de 11,6% de elevação, não reflete o fato de a economia do Rio Grande do Sul ter crescido acima da média nacional. Se confirmado esse índice, que será votado na Assembleia Legislativa, o mínimo regional poderá passar de R$ 546,00 para R$ 610,00.

Enquanto isso, o vereador Elói Frizzo/PSB destacou que o salário mínimo regional é um instrumento para inserir mais pessoas, no mercado de consumo. Com relação ao salário mínimo nacional, aprovado no Congresso Nacional, para R$ 545,00, disse ter havido equívoco do Ministério da Fazenda, no estabelecimento da política de valor. Comentou que a faixa do mínimo ficou atrelada a um esforço do governo federal, de realizar cortes orçamentários da ordem de R$ 50 bilhões.

Por outro lado, Mauro Pereira/PMDB alertou para possível incoerência entre as bancadas partidárias, nos âmbitos nacional e federal. Para ele, enquanto, em Brasília, houve condescendência com o valor definido pelo governo, o parlamentar teme que, no Rio Grande do Sul, ocorra suposta demagogia política. Afinal de contas, quem custeará o aumento do piso regional serão os empresários, e, não, o poder público, observou.

Frizzo, porém, disse não acreditar que os empresários encontrem dificuldades para cobrir eventuais reajustes.