No espaço do Acordo de Lideranças da sessão ordinária desta quinta-feira (30/11), a advogada e representante da Marcha Mundial das Mulheres em Caxias do Sul, Mônica Montanari utilizou a tribuna da Câmara Municipal para falar sobre o assédio moral e sexual no ambiente de trabalho que atinge as mulheres. Conforme a representante, para se discutir sobre a problemática, é necessário fazer um recorte de gênero, pois de acordo com ela, as maiores afetadas são as mulheres com cerca de 91% sendo vítimas de assédio sexual e, 61% vítimas, de assédio moral no trabalho.

A advogada informou ainda que desde 2014 existe uma lei, em Caxias do Sul, que fala sobre o assédio moral, sendo um complemento de outra lei sobre o mesmo tema, criada em 1991. Conforme ela, a lei traz a possibilidade de realizar um processo administrativo denunciando algum tipo de assédio, sendo encaminhado via Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Mônica questionou e pediu para que o Parlamento caxiense tenha uma ouvidoria que atenda essas denúncias.

De acordo com dados apresentados pela advogada, 51,01% da população brasileira são mulheres, onde a maioria já foi vítima de algum tipo de assédio. A advogada explicou que o assédio é provado através de gravações telefônicas, mensagens eletrônicas, bilhetes e relatos de testemunhas. Ela frisou a necessidade das vítimas denunciarem para colegas de trabalho e amigos, para que estes fiquem atentos nos possíveis abusadores, e, posteriormente, suscitando para que outras vítimas também se manifestem e denunciem.