O vereador Ricardo Zanchin/NOVO utilizou o espaço do grande expediente da sessão ordinária desta quarta-feira (08/05), para repercutir a situação econômica de Caxias do Sul, após as enchentes que assolaram o Estado, na última semana. Conforme ele, a maioria das empresas da Serra Gaúcha foi tomada por alagamentos e está parando pela falta de insumos.

O parlamentar destacou a Lei 14.437, de 13 de janeiro de 2014, que possibilita o teletrabalho, antecipação de férias, concessão de férias, suspensão do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por quatro meses, suspensão temporária dos contratos de trabalho e redução da jornada de trabalho e salário a hora. Pediu para que as empresas e empresários, juntamente com os sindicatos dos trabalhadores, se unam para que comecem a pensar em flexibilizações de hora de trabalho a partir da lei.

O parlamentar ressaltou a urgência de soluções para que as empresas voltem a funcionar normalmente, pois, em sua visão, elas são fundamentais para a economia da cidade. Informou que também houve um grande impacto no agronegócio. De acordo com Zanchin, cerca de 5% da soja no Brasil é gaúcha, e há uma perda estimada de 147 milhões de toneladas do produto pelo agravamento das chuvas. Contou que a mesma situação está ocorrendo com o arroz e o milho.

Frisou que o fato irá impactar no custo de vida da população caxiense, e, por este motivo, enfatizou que os parlamentares da Casa devem entrar em contato com deputados e cobrarem a lei 14.437 para que os impactos futuros sejam reduzidos.

Em apartes, os vereadores Olmir Cadore/PSDB e Rafael Bueno/PDT ressaltaram a necessidade de um olhar mais atento para a economia da cidade. Já na visão do vereador Maurício Scalco/PL, o governo terá que realizar um planejamento a longo prazo para que empresas, locais e comércios, que foram tomados pelas enchentes, possam se reerguer.

Ainda em aparte, o vereador Felipe Gremelmaier/MDB contou que o governo do estado anunciou R$ 200 milhões de recursos, sendo R$ 70 milhões aos municípios para ações emergenciais, R$ 50 milhões ao programa Volta por Cima para 20 mil famílias, R$ 10 milhões para hospitais atingidos, R$ 40 milhões para máquinas que estão sendo utilizadas na reforma das estradas danificadas e R$ 30 milhões para 75 mil famílias que utilizam o aluguel social.

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