Voltar para a tela anterior.
A secretária e representante do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS/RS), Gabriela Duarte, comentou sobre os desafios da profissão e o pouco reconhecimento recebido aos atuantes da área, durante a sessão ordinária desta quinta-feira (15/05), na Casa Legislativa. Ela também defendeu a realização de concursos públicos e a igualdade entre trabalhadores.
Gabriela aproveitou a data, 15 de maio, Dia do Servidor Social, para discorrer sobre como os profissionais da área lidam com a dor e com a injustiça, sempre trabalhando de forma ética e persistente. Pontuou estar na tribuna da Câmara Municipal para reafirmar o compromisso diário e coletivo da unidade com a defesa da liberdade, dos direitos humanos, da ampliação da cidadania, do aprofundamento da democracia e da justiça social. Disse que a instituição atua de forma ativa em diversos lugares, como hospitais, escolas, Unidades Básicas de Saúde (UBSs), e luta pelos direitos, moradia digna, trabalho, renda, saúde e educação pública e de qualidade.
Comentou que uma das pautas defendidas pelo conselho é a realização de concursos públicos com jornada de 30 horas semanais, sem a redução salarial entre os profissionais do serviço público e do terceiro setor, assim como a implementação de planos de carreira estruturados para o terceiro setor e a garantia de condições dignas de trabalho, além da inclusão efetiva de assistentes sociais e psicólogos nas escolas públicas. “O nosso lado é o da classe trabalhadora, dos usuários das políticas públicas, populações periféricas, negras, indígenas, das mulheres, das pessoas com deficiência, da população LGBTQ e mais de todos aqueles que enfrentam as desigualdades estruturais todos os dias”, disse.
De acordo com a representante, a unidade enfrenta a precarização dos serviços públicos, a precarização no terceiro setor, a falta de estrutura em espaços sócio-ocupacionais, a sobrecarga de trabalho e baixos salários. Por isso, afirmou que não existe valorização profissional e, sem ela, os direitos dos servidores sociais não são reconhecidos, o que gera um grupo repleto de trabalhadores desvalorizados, mal pagos e sobrecarregados.
Assegurou que a legislação permite que apenas profissionais formados e registrados em seus respectivos conselhos regionais possam exercer a função de assistente social, garantindo a qualidade e a seriedade da atuação técnica e ética profissional. Explicou que não atuam com base em julgamentos morais, mas a partir de um compromisso profissional com a dignidade humana e com a transformação da realidade social.