O futuro Plano Municipal de Desenvolvimento Econômico começou a ser discutido pelo Executivo e pelo Legislativo, a partir de um workshop conjunto, realizado na tarde desta quarta-feira (21/05), no plenário do Parlamento. O primeiro dos quatro encontros buscou alicerçar o projeto de lei, que será enviado à Câmara nos próximos meses. Os demais workshops deverão acontecer na sequência das semanas, englobando servidores públicos, representantes da iniciativa privada e órgãos de assessoramento técnico.

A coordenação das discussões de hoje coube ao vereador Edio Elói Frizzo/PSB, presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Fiscalização, Controle Orçamentário e Turismo, e ao secretário Felipe Gremelmaier, que se encontra à frente da pasta do Turismo e Desenvolvimento Econômico. Felipe acredita que, passada a rodada de debates, será possível consolidar uma redação final do plano, a fim de encaminhar ao Legislativo. O vereador Frizzo disse que, quando chegar, a matéria será disponibilizada aos vereadores até ficar apta para a apreciação e votação, em plenário.

O processo participativo inicial incluiu rodadas de bate-papo e de dinâmicas de grupo. Os técnicos da secretaria e de assessoramento externo propuseram uma constituição de eixos que dinamizem os próximos workshops. O levantamento partiu de macrotendências e setores estratégicos. As premissas abrangeram o conceito de cidade ideal por meio de transformações temáticas e do que não se quer para o futuro. Um exemplo disso ficou caracterizado nas ações preventivas aos efeitos de catástrofes naturais e pandemias e na geração de políticas de base educacional, com atenção maior à Educação Infantil.

De acordo com o secretário Felipe, o plano deverá se basear no modelo Future Canvas. Contempla estas categorias: social (estilos de vida, demografia, valores e comportamentos); tecnológico (inovação, transporte, comunicação e energia); econômico (taxa de juros, comércio, economia, inflação, subsídios e emprego); ambiental (poluição, comida e fatores climáticos); político (estabilidade, sindicatos, políticas fiscais e grupos de pressão). Ele explicou que, além de tendências diversas, existem preocupações com cenários futuros.

No término da rodada de hoje, os técnicos esmiuçaram o campo de macrotendências. Estas se encontram organizadas a partir de tecnologia e inovação (avanços tecnológicos, disrupção digital e transformação dos modelos de negócios); saúde, ciência e longevidade (avanços médicos, bem-estar e futuro da saúde humana); sustentabilidade e meio ambiente (impacto ambiental, recursos naturais e consumo responsável); consumo, marketing e experiência (transformação dos mercados, comportamento do consumidor e experiências de marca).

Ainda nas macrotendências, outros três setores estarão no radar de atenção para a elaboração do plano. São eles: educação e conhecimento (mudanças na aprendizagem, formação contínua e capacidades humanas); sociedade, cultura e comportamento (identidade, valores, diversidade, espiritualidade e novas formas de viver); trabalho, economia e governança (mercado de trabalho, novos modelos de organização e impacto nas estruturas).

Além do vereador-presidente Edio Elói Frizzo/PSB, fazem parte da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Fiscalização, Controle Orçamentário e Turismo os vereadores Claudio Libardi/PCdoB, Edson da Rosa/REPUBLICANOS, Marisol Santos/PSDB e Pedro Rodrigues/PL.