Os vereadores Mauro Pereira/PMDB e Renato Oliveira/PCdoB protocolaram moção de contrariedade contra o aumento de 14,4% no preço do gás natural. A moção será votada na sessão ordinária desta quinta-feira(26), a partir das 17h15min.

Abaixo, as principais considerações da moção:

1- Existe uma retração da economia, que se arrasta desde o final de 2011.

2- O aumento do gás não é primeiro reajuste a atingir a indústria em um período muito difícil, porque isso já aconteceu em 2008 e 2010.

3- Altas em série, como o recente aumento de 8% nos preços do aço e agora de 14,4% no preço do gás natural, causam muita preocupação principalmente do setor metalmecânico, considerado o mais importante para Caxias do Sul e a região da Serra Gaúcha.

4- Recentemente foi acordado um dissídio de 7,5% para os metalúrgicos da Região da Serra.

5- Empresários têm ressaltado que para quem trabalha com gás não existe alternativas, já que não podem substituir por energia elétrica.

6- No caso do gás muitas empresas utilizam para aquecimento do banho, de secagem e para fundição, destaca o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs), Getulio Fonseca, que ressalta que 70% do gás do estado vem para Caxias, sendo utilizados 2,214 milhões de metros cúbicos por mês.

7- O setor industrial brasileiro paga 17% a mais pelo gás boliviano do que a média dos outros países.

8- O gás natural pode absorver até 23% dos custos de produção de uma empresa.

9- As empresas nacionais convivem cada vez mais com uma disputa desigual com países, principalmente asiáticos, que subsidiam custos operacionais e mão de obra.

10 - Em Caxias do Sul, empresas de diversos setores, mesmo com a produtividade em baixa e convivendo com a ameaça de desindustrialização, colaboram com o Governo Federal fazendo a sua parte, sem reajustar os preços.

11- Houve uma retração de 9% no desempenho econômico do setor metalúrgico em Caxias do Sul nos cinco primeiros meses de 2012 em comparação a igual período do ano passado.

12- Dados do Simecs mostram que segmento automotivo, um dos pilares mais representativos da economia industrial caxiense, registrou a maior queda no período janeiro/maio de 2012, de 10,84%. Na sequência, aparece o setor eletroeletrônico apresentando retração na ordem de 4,01%. Outro segmento, o metalmecânico, obteve nos cinco primeiros meses do ano uma queda de 1,36%.

13- São necessárias medidas urgentes do governo Federal para que o setor produtivo comece um processo de recuperação.