Em reunião nesta terça-feira(13/03), a presidenta da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança da Câmara Municipal de Caxias do Sul, vereadora Denise Pessôa (PT), recebeu os problemas enfrentados pelos imigrantes na cidade.

O encontro na Central de Atendimento ao Migrante - CAM, em conjunto com a Associação dos Imigrantes do Senegal (AIS) e representantes da Pastoral do Migrante, debateu a situação dos estrangeiros que chegam à Caxias buscando por melhores condições de vida. Entre os principais problemas encontrados está a documentação, devido a complicada burocracia e a falta de conhecimento do idioma, que dificulta sua integração na comunidade.

Denise discutiu maneiras de auxíliar no acesso aos direitos sociais fundamentais como saúde, moradia e educação, e buscará políticas públicas junto com a Comissão Nacional de Direitos Humanos, proposta esta que vem em boa hora frente ao contingente cada vez maior de estrangeiros buscando o Brasil como segunda pátria. É um tema de proporção nacional, por isto, precisamos debater este tema verificando as propostas já existentes e buscar complementá-las, explica. O padre Gilnei Fronza, que junto com a pastoral está acolhendo os imigrantes, explica que a falta de mão de obra na cidade impulsiona a chegada de mais estrangeiros, mas fez ressaltas: o empregador, ao contratar um imigrante, deve também ser cidadão, apoiando com estudo e melhores condições e questionou os programas do governo sobre a questão dos imigrantes, além do Direito de Refúgio, pois a pastoral atualmente está cumprindo com a proteção social deles.

Atualmente em Caxias moram cerca de 100 senegaleses, de acordo com Cheick Ciss, presidente das AIS. Essa imigração é nova porque os lugares preferidos são na Europa por conta da proximidade, mas a demanda no Brasil está bem maior. Garantiu também que sua maior preocupação está na aprendizagem do idioma, fundamental para a adaptação do estrangeiro. Nosso grande desafio é a ignorância, não podemos passar dez anos e continuarmos sendo os mesmos, complementou.