Na sessão desta quarta-feira ( 31) o Vereador petista discordou de entrevista concedida pelo Secretário Vinicius Ribeiro, na qual teria afirmado que a revisão das gratuidades foi matéria aprovada pela unanimidade dos Vereadores, quando foi votada a prorrogação do contrato com empresa que opera o transporte coletivo de Caxias do Sul.

Daneluz esclareceu que o artigo aprovado estabelecia que somente seriam concedidas novas e futuras gratuidades, mediante a indicação de receita para subsidiá-las. O Vereador lembrou que a bancada do PT apresentou uma emenda para retirar o referido artigo e que não foi aprovada pelos demais Vereadores. Que fique bem claro, o projeto aprovado por esta Casa não falava em revisão das atuais gratuidades. O Vereador Secretário está transferindo uma responsabilidade a esta Casa, que não é nossa. Isso não é verdade e me causa espanto quando o Secretário faz afirmações desse nível. Ele deve assumir que está defendendo uma proposta da Administração. Essa tentativa de jogar para a Câmara a responsabilidade do que está ruim, nós não vamos aceitar.

Ana Corso /PT disse que não consegue entender como o Secretário Vinicius consegue abraçar o que ela chamou de um 'pacote de maldades'. A Vereadora destacou que em todo os país existe a meia passagem estudantil. Esta é uma conquista histórica e não se trata de um simples benefício. É um investimento na educação. Ana destacou que no projeto de prorrogação do contrato com a Visate foi aprovada a ampliação do tempo de vida útil da frota e outras formas de reduzir custos, justamente para não aumentar a tarifa e muito menos reduzir ou tirar as gratuidades.

Mauro Pereira/PMDB disse que cabe ao Secretário ouvir todas as propostas e repassar à sociedade o impacto das gratuidades sobre o custo da tarifa. A intenção é positiva, porque a situação deve ser realmente discutida.

Denise Pessôa/PT lembrou que o direito da gratuidade ao idoso, a partir dos 60 anos, é uma previsão da Lei Orgânica do Município. Denise também reclamou da intenção de jogar os trabalhadores contra o sistema de gratuidade, quando o Secretário afirma que eles estão pagando uma tarifa maiss cara para garantir os benefícios. Só esquecem que os trabalhadores têm filhos que estudam e que utilizam o passe livre, no final de cada mês, para o seu lazer.

Geni Peteffi/PMDB defendeu a ampliação dessas discussões. O Secretário estrá cumprindo a sua obrigação de estudar a questão, para não aumentar as tarifas e não cortar as gratuidades. Geni também discordou da manifestação de Ana Corso de que o Secretário está 'abraçando um pacote de maldades'.

Pedro Incerti entende que se o assunto levantou todas essa polêmica é porque realmente tem problema e defendeu um sistema de gratuidades baseado na situação sócio-econômica. Nós precisamos ampliar a discussão, mas não podemos retroceder em conquistas.