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O parlamentar Rafael Bueno/PDT expôs algumas preocupações em torno da saúde pública no seu grande expediente, durante a sessão ordinária desta quarta-feira (07/05). Da tribuna, discorreu sobre um vídeo publicado pelo prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico/PSDB, contendo uma crítica à população que falta em consultas agendadas.
Bueno abordou a questão sobre as consultas realizadas a partir do Sistema Único de Saúde (SUS). Pontuou que a diferença entre os atendimentos públicos e atendimentos realizados por meio de planos de saúde são gritantes. Afirmou que, atualmente, existem cerca de 40 mil pessoas aguardando algum tipo de consulta com um especialista. Também comunicou que, quando o ex-prefeito Alceu Barbosa Velho/PDT (2013-2016) deixou o Executivo, havia 2 mil pessoas aguardando para fazer cirurgias, mas que acabaram não realizadas. Hoje, o número de faltas nestes procedimentos chega a 7 mil, informa o pedetista.
Presidente da Comissão de Saúde, o vereador resgatou dados trazidos pelo prefeito Adiló Didomenico que, em um vídeo publicado em seu perfil do Instagram no último domingo (04/05), apontou mais de 1,2 mil pessoas ausentes em consultas médicas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Caxias do Sul, apenas na primeira quinzena do mês de abril. Ele lamentou a posição contrária dos colegas parlamentares com relação ao vídeo, se referindo a um debate realizado na sessão ordinária da última terça-feira (06/05), no qual Didomenico foi criticado por alguns vereadores.
De acordo com Bueno, o problema citado pelo prefeito é muito grave, já que os gastos para manter as UBSs são altos, e mesmo assim, muitos dos atendimentos que poderiam ser feitos não são contemplados, por conta de quem não vai às consultas. “Cada pessoa que falta é também uma pessoa que deixa de ser atendida”, salientou o parlamentar, ao explicar sobre como essas ausências que ocorrem sem justificativas prejudicam outros cidadãos que seguem em fila aguardando a vez. Outra problemática manifestada por ele é a de que, mesmo com as consultas e procedimentos que são marcados e não acontecem, os médicos contratados continuam sendo pagos da mesma forma, custando caro para o município, ainda que não estejam trabalhando em toda a potência na qual poderiam.
Em apartes, Claudio Libardi/PCdoB, Elói Frizzo/PSB, Hiago Morandi/PL e Sandro Fantinel/PL se manifestaram a respeito da questão. Libardi destacou que a crítica ao prefeito não possui relação com as pessoas que faltam às consultas, mas sim com a posição do mesmo, que não apresentou ou comunicou o desejo de buscar saídas ao problema.