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O vereador Assis Melo/PCdoB criticou, na sessão desta terça-feira (24), o fato de os ônibus médios, da Visate, estarem circulando sem cobradores, em Caxias do Sul. A modalidade começou a ser colocada em prática, pela Visate, concessionária do transporte de ônibus no município. Essa medida está prevista na lei aprovada ano passado, pela Câmara, que renovou, por mais dez anos, a concessão da empresa. Com capacidade em torno de 27 passageiros por veículo, a linha média representa 7% de toda a frota da Visate.
Para Assis, que votou contra a renovação, ao funcionar apenas com o motorista, os automotores médios acarretam a precarização do trabalho. Uma só pessoa acumula duas funções, sem receber aumento de salário, observou. Portanto, defendeu a revogação dessa possibilidade.
O parlamentar considerou insuficiente que a Visate não demita pessoas por conta da operacionalização com um só colaborador. Estimou que os ônibus médios estejam impedindo a contratação de 90 cobradores. Assis citou lei municipal que exige assistentes em ônibus escolares.
Em concordância, a vereadora e líder do governo na Casa, Geni Peteffi/PMDB, ressaltou já ter conversado com a prefeitura. Segundo ela, a presença do cobrador deve ser padrão para o transporte público de ônibus.
Ana Corso/PT também apoiou a sugestão de Assis. Lembrou que, embora tenha votado favoravelmente à renovação da concessão à Visate, não deixou de ficar contrária a algumas diretrizes, incluindo a questão do cobrador.
Enquanto isso, Mauro Pereira/PMDB afirmou que, quando votou de forma favorável ao projeto de prorrogação, baseou-se nos táxis-lotação da cidade. Chamados de azulzinhos, eles circulam sem a presença do cobrador. Destacou que os aparelhos de GPS (mecanismo digital de rotas urbanas), implantados nos ônibus médios, exigirão mais colaboradores para operacionalizá-los.