Voltar para a tela anterior.
A Vereadora Ana Corso, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara está de posse do laudo que confirma que Adair Ferreira Gomes, de 27 anos, sofreu traumatismo craniano profundo, o qual não teria sido causado por queda na rua, escada e por causa do acidente de carro que derrubou um muro quando tentava fugir. Adair esteve envolvido em roubo e sequestro e foi detido por policiais militares. O laudo aponta que a agressão física foi provocada por pessoa, o que poderia confirmar as suspeitas dos familiares que um ou mais soldados designados para esta operação, exorbitaram de seus poderes.
Ana destaca ainda que uma certidão negativa já tinha sido expedida pelo Fórum de Caxias, confirmando também aquilo que os familiares falaram à CDH, de que Adair não tinha antecedentes criminais, envolvendo-se em seu primeiro crime, infelizmente, por sua dependência ao crack e má influência de um primo delinqüente vindo há 2 meses de SC.
Na ação, a BM merece elogios por salvar o refém ileso, mas peca ao agredir de forma ilegal os presos depois de algemados, conforme informações recebidas, destaca a Vereadora.
Ana informa ainda que familiares de Adair estão entrando com processo contra o Estado, uma vez que o preso não poderia ter sido espancado, e poderá vir a ter seqüelas irreversíveis pelo traumatismo craniano. Fazer justiça com as próprias mãos tem sido a tônica de alguns policiais, aplaudidas por defensores da pena de morte: políticos de direita e alguns formadores de opinião seja redialistas / jornalistas entre outros.
Para uma opinião pública angustiada por demandas eficazes de Segurança Pública, a proposição de violência contra os criminosos pode parecer "normal" e elogiável, mas é uma afronta ao Estado Democrático de Direito, cabendo á Justiça e só a ela o julgamento e condenação severa dos criminosos.