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Representante da Associação das Doenças Raras de Caxias do Sul, a médica veterinária Cláudia Comin discursou a respeito da falta de atendimento a crianças e adolescentes que praticam a equoterapia e são estudantes da Rede Municipal de Ensino. Em solicitação da Mesa Diretora, na sessão ordinária desta terça-feira (15/04), ela explanou sobre os benefícios da inclusão dos estudantes com deficiência no acesso à terapia com cavalos, e solicitou atenção especial dos poderes Legislativo e Executivo para resolver essa situação.
Contou que o poder Executivo proporcionou esse serviço por mais de 10 anos, para estudantes da Rede Municipal que necessitam do auxílio. Mas, desde o início de 2025, a prestação deste serviço foi interrompida, porque o centro anterior contratado encerrou suas atividades. Conforme a veterinária, tal contrato garantia o atendimento de 60 crianças e adolescentes por semana, os quais faziam um rodízio para conseguir o atendimento, já que a demanda compõe um número bem maior.
Ela explicou que o método se trata de uma abordagem terapêutica que utiliza o cavalo como agente promotor de desenvolvimento biopsicossocial, além de ser reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO). Segundo Cláudia, a terapia com cavalos vai muito além do cuidado com a saúde “É uma ferramenta de transformação na vida de crianças e adolescentes com deficiência. Através dela, os estudantes desenvolvem habilidades motoras, cognitivas, emocionais e sociais”, destacou.
A equoterapia, de acordo com a representante, possibilita uma grande melhora na vida dos jovens, que começam a se manifestar e viver de uma maneira melhor, pois ela fortalece a coordenação e a autoestima. Além disso, também representa o acesso ao direito de aprender, se desenvolver e participar plenamente da sociedade, complementando o trabalho realizado nas salas de aula e promovendo a inclusão. Ela afirmou que investir na terapia com cavalos é investir em saúde, educação e dignidade. Também significa olhar para as necessidades reais da comunidade e reconhecer que cada aluno importa, cada história merece atenção e cada conquista, por menor que pareça, tem um valor imenso.