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A Câmara Municipal de Caxias do Sul aprovou a Moção de Apoio nº 32/2025 ao Projeto Piloto do Sistema Antigranizo, iniciativa que prevê a implementação de tecnologia preventiva em 14 municípios da Serra Gaúcha para reduzir os danos causados por tempestades de granizo. A proposta, de autoria da bancada do Partido Progressista (PP), ressalta a urgência de ações eficazes diante dos frequentes prejuízos provocados por eventos climáticos extremos na região.
A Serra Gaúcha está entre as áreas mais afetadas por tempestades de granizo no estado, que provocam impactos significativos na agricultura, residências, comércio, indústria e patrimônio público. Conforme a justificativa da moção, as perdas econômicas atingem especialmente produtores rurais, vinícolas e fruticultores, afetando diretamente a economia local e a subsistência de muitas famílias.
Nos últimos anos, Caxias do Sul e municípios vizinhos registraram sucessivas tempestades que destruíram lavouras, destelharam casas, danificaram veículos e interromperam serviços públicos essenciais. O sistema antigranizo, já utilizado com sucesso em outros países, atua por meio de técnicas de interferência atmosférica, reduzindo o tamanho das pedras de granizo, minimizando prejuízos e aumentando a segurança da população.
Entre os benefícios esperados estão a proteção de residências, a salvaguarda da produção agrícola, a redução de gastos públicos com reparos emergenciais, a preservação da infraestrutura urbana e a prevenção de acidentes. Para os vereadores, investir em medidas preventivas como esta representa economia a longo prazo e fortalece a resiliência das comunidades diante das mudanças climáticas.
“O sistema antigranizo é uma medida estratégica para proteger a população, a economia e a infraestrutura regional. Peço prioridade e agilidade na sua implementação, para que os benefícios sejam percebidos já nos próximos ciclos climáticos”, destacou o vereador Alexandre Bortoluz /PP.
A moção também lembra que, em Santa Catarina, o sistema já é adotado sem necessidade de licenciamento ambiental, o que acelera sua implantação. No Rio Grande do Sul, o projeto conta com previsão de R$ 15 milhões do Fundovitis para viabilizar sua execução.
O documento será encaminhado ao Governo do Estado, por meio do chefe da Casa Civil, Arthur Lemos; ao secretário estadual da Agricultura, Edivilson Brum; ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Pepe Vargas; a parlamentares da região; à AMESNE; à Embrapa Uva e Vinho; à Comissão Interestadual da Uva; e ao Consevitis.
Deliberação da Moção 32/2025