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Na primeira sessão ordinária do ano, nesta terça-feira (02), o vereador petista Rodrigo Beltrão criticou a nova tarifa de 21.42%, decretada pelo prefeito, que deve vigorar a partir de março. Ele lembrou o aumento pretendido pelo Samae em 2009, de 116%. Disse que, assim como neste, o cálculo do reajuste foi feito 'no escuro'. Esse reajuste de 21.42% precisa ser embasado por dados técnicos. Os Vereadores não podem se omitir. A população não deve arcar com custos resultantes de má gerência da autarquia, até porque o montante de recursos enviados pelo governo federal ao município é elevado e mesmo assim, não conseguem gerir o serviço de água sem praticar taxas abusivas.
Beltrão também questionou uma reunião realizada no dia 27 de janeiro, entre os Vereadores e o Diretor-presidente do SAMAE, Marcos Vinícius Caberlon, da qual, segundo ele, apenas uma parte dos vereadores teve conhecimento.
O Vereador Marcos Daneluz/PT explicou que, quando foi criada a taxa de esgoto, a intenção era garantir ao Samae liberdade para buscar investimentos e crédito. Lembrou que 17% da arrecadação do serviço vem dessa taxa. Aumentar uma taxa baseada em índices normais, não há problema. Mas quadruplicar um benefício fundamental é, no mínimo, um exagero. Falta sensibilidade com a população carente.
Para o Vereador Daniel Guerra/PSDB, levando-se em conta índices como o IGPC, de parâmetro nacional, ou o IPA, que teve deflação, o aumento de 21.42% se transforma em 500%.
Segundo Ana Corso/PT, faltou ao Samae uma discussão maior com entidades, como a UAB. Na sua opinião um serviço autônomo existe justamente para a manutenção de uma tarifa baixa. Também apontou o reajuste como sendo fruto de má gestão. O Samae gasta mais do que se arrecada. Nós queremos saber aonde vai esse dinheiro, concluiu.