Da Tribuna, Ari Dallegrave/PMDB lembrou a abertura da 28ª Festa da Uva. Citou a reportagem do Jornal Pioneiro de hoje (18), que traz as dificuldades enfrentadas pelo setor vinícola em Caxias. Segundo o texto, o preço da uva, R$ 0,46 ao quilo, não é reajustado há três anos. Com o excesso das chuvas, a quebra na safra 2010 pode chegar a 30%. Além disso, a aplicação de insumos na produção eleva os custos para o produtor em R$ 0,55 ao quilo.

Dallegrave repercutiu ainda coluna do jornalista Ciro Fabres, que lembrou que a abertura do evento, pela primeira vez, não contará com representação federal.

O setor nunca foi prioridade para o Governo Federal. Dependemos de uma política agrícola, sem isso, o desestímulo da produção é o caminho. O governo não vem porque não há soluções para apresentar aos agricultores

Ana Corso/PT expôs que o governo Lula sempre apoiou a viticultura. Toda a pauta de reivindicações de 2006 foi atendida pelo governo, inclusive empréstimos aos produtores. Não aceitamos esse esbravejamento desnecessário. O governo está presente, prova disso é a Petrobras e Eletrobras, que sempre contribuem com recursos para a festa.

Para Marcos Daneluz/PT, todos esperavam a visita do presidente. É preciso dizer que as politicas agrícolas de Lula e do ministro a Agricultura são as melhores nos últimos anos. Eles poderiam estar aqui sem nenhuma vergonha.

Ana Corso citou ainda ações do governo petista para o setor vitivinícola. O governo trouxe investimentos também em transporte, saneamento e habitação. Está afinado com as causas sociais e os setores produtivos.

Para Ari Dallegrave/PMDB, não é esbravejamento quando se defende uma categoria valorosa como os pequenos produtores rurais. Foram lideranças do setor que falaram ao Pioneiro. O problema principal dos produtores é que não conseguem pagar os financiamentos.

Geni Peteffi/PMDB disse que a falta de representação federal demonstra desprestígio. Se o convite fosse para algum evento no exterior, Lula iria. Para Caxias, não há nem representante.

Pedro Incerti/PDT lembrou que há produtores preocupados por ainda não terem recebido o pagamento pela safra do ano passado. Há crise na uva sim. Não fosse a inteligência de diversificar a produção, os agricultores estariam quebrados. Vinhos e espumantes são caros e o produtor deve ser remunerado.