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O encontro aconteceu na tarde desta quinta-feira (11) e teve como ponto principal a não-renovação do convênio entre Associação Caxiense de Teatro (ACAT) e Prefeitura para a manutenção do GentEncena, Projeto que estimula a formação de grupos de teatro nos bairros.
Justina Andrighetti, Coordenadora da Acat, comentou as dificuldades que o GentEncena encontra para manter suas atividades teatrais nos bairros da cidade, e a contribuição do mesmo para o crescimento humano nas comunidades onde atua. O Projeto estimula o desenvolvimento da auto-estima e da cidadania, e ajuda a formar, não apenas atores, mas também o senso crítico do público. Um projeto assim não deve acabar.
Ainda segundo a coordenadora, a Secretaria da Cultura não investiu numa prática madura para resolver os problemas do GentEncena. Associação quer dialogar com o Poder Público, porém, não foi consultada sobre a nova interface.
Ângela Lopes, Coordenadora da Unidade de Teatro da Secretaria da Cultura, expôs que a SMC desenvolve outros projetos nos mesmos moldes do GentEncena. Reconhecemos a intenção benéfica do projeto, que aproxima as pessoas das atividades teatrais.
O teatreiro Gutto Basso salienta que o governo não trata a questão com a responsabilidade necessária. Com essa atitude, o poder público diminui a importância do GentEncena. Estamos aqui para defender a manutenção da cultura na nossa cidade.
Para João Toluz, Coordenador de Projetos da SMC, o trabalho de formação teatral em Caxias é reconhecido. Salienta ainda que as mudanças no Projeto atendem a necessidades legais de prestação de contas ao município. As alterações estão em concordância com a lei e não inviabilizam o processo de formação teatral. Além disso, as escolas de teatro caxienses devem participar dessa discussão.
A Vereadora Ana Corso/PT salientou a trajetória pioneira da Acat. Com a quebra de convênio, a Associação fica desassistida. A Secretaria da Cultura tem que fortalecer essas entidades.
Amilton Braga, Diretor do Sindicato dos Artistas e Técnicos de Espetáculos de Diversões (Sated), acredita que o poder público deve oferecer apoio para que as oficinas teatrais não sejam extintas tenham continuidade. O Vice-diretor Jessé Oliveira, salienta que, em Caxias, as oficinas são uma importante fonte de trabalho para profissionais de teatro.
Para o Presidente da Comissão de Legislação Participativa e Comunitária, Rodrigo Beltão/PT, há certa contradição entre a transição para um novo modelo e o não-repasse de recursos. É preciso entendimento entre as partes envolvidas. O teatro caxiense não pode regredir ou ser avaliado apenas pelo ângulo técnico.