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Os vereadores Mauro Pereira/PMDB, Alaor de Oliveira/PMDB, Guiovane Maria/PT, Pedro Incerti/PDT e Renato Oliveira/PCdoB protocolaram há pouco uma moção de apoio à manutenção e geração de empregos na indústria metalmecânica e de contrariedade ao aumento de 8% praticado nos preços do aço.
O documento tem como base informações divulgadas pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (SIMECS). Confira abaixo 10 das principais considerações da Moção, que será votada a partir das 17h desta terça-feira (17), durante sessão ordinária da Câmara Municipal.
1. As usinas siderúrgicas do País reajustaram os preços do aço em até 8%.
2. A medida foi tomada com muita apreensão pelas empresas do segmento metalmecânico principalmente de Caxias do Sul e da Região da Serra.
3. O presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (SIMECS), Getulio Fonseca, é estranho que isso ocorra no momento em que a sociedade produtiva, em especial a classe empresarial, compactua com a orientação do Governo Federal em não reajustar seus preços, visando a manter a política de estabilidade econômica.
4. Em Caxias do Sul, empresas metalúrgicas, mesmo com a produtividade em baixa e convivendo com a ameaça de desindustrialização, colaboram com o Governo fazendo a sua parte, sem reajustar os preços.
5. O segmento metalmecânico tem o aço como a principal matéria-prima, sendo que as empresas do segmento do SIMECS absorvem 60% do aço consumido no Rio Grande do Sul. Em nível nacional, o consumo local corresponde a 3% do aço plano comercializado no Brasil.
6. Uma entidade com a representatividade e importância do SIMECS tem a obrigação de questionar a atual situação do mercado de aço e reforçar maior comprometimento das empresas siderúrgicas no cumprimento da manutenção dos preços em estabilidade.
7. Segundo o presidente do SIMECS, os reajustes adotados pelo setor siderúrgico apontam para uma quase cartelização, contra a qual medidas severas e urgentes devem ser tomadas. Segundo Getulio Fonseca, deverá haver pressão para reduzir de 12%, em média, para zero a alíquota de importação de aço, já que o estoque do produto no mundo é de cerca de 500 milhões de toneladas.
8. Os aumentos nos preços do aço e as dificuldades das empresas em adquirir esta importante matéria-prima já levaram o SIMECS a protestar junto ao Governo Federal e ainda, realizar de forma inédita em Caxias do Sul importantes encontros em nível nacional, reunindo representantes dos segmentos envolvidos.
9. Houve uma retração de 9% no desempenho econômico do setor metalúrgico em Caxias do Sul nos cinco primeiros meses de 2012 em comparação a igual período do ano passado. Desde a crise econômica de 2009 o segmento metalmecânico não registrava um desempenho tão desanimador.
10. Dados do SIMECS mostram que segmento automotivo, um dos pilares mais representativos da economia industrial caxiense, registrou a maior queda no período janeiro/maio de 2012, de 10,84%. Na sequência, aparece o setor eletroeletrônico apresentando retração na ordem de 4,01%. Outro segmento, o metalmecânico, obteve nos cinco primeiros meses do ano uma queda de 1,36%. Por outro lado, houve uma retração de 3,14% nas exportações, em comparação a igual período de 2011.