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Durante a Sessão Ordinária desta quinta-feira (29), a Câmara aprovou, por maioria de votos, Moção de Apoio ao Padre Roque Grazziotin. O objetivo da Moção é de que o Padre Roque Grazziottin permaneça como representante do Ministério da Educação e Cultura (MEC) junto ao Conselho Diretor da Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS).
Conforme os autores, a direção municipal do Partido dos Trabalhadores-PT teria solicitado o afastamento voluntário de Roque Grazziotin deste cargo, em represália ao voto dado pelo conselheiro na eleição que reconduziu o Professor Isidoro Zorzi ao cargo de reitor da Universidade de Caxias do Sul. Grazziottin não teria atendido decisão interna do PT, que era de apoiar a candidatura vencedora o processo de consulta à comunidade universitária, do qual saiu vencedora a Professora Nilva Stédile.
A bancada do PMDB entende, porém, que a consulta serve apenas como um indicativo e não como um processo de eleição direta. Os autores da Moção destacam ainda que a postura do Conselheiro Pe. Roque Grazziotin, não configurou atitude anti-democrática, onde foram respeitadas as regras estatutárias, tendo do alto de sua responsabilidade votado no candidato que entendia melhor para o atual momento de abertura e de mudanças pelo qual passa a UCS.
A Moção também faz referência ao voto da Deputada Marisa Formolo. É interessante observar que o voto contrário à recondução do atual reitor partiu da Conselheira, que até o momento da consulta, defendia exatamente a recondução do atual reitor, mas que muda sua posição, com o argumento pouco crível, de que estaria representando o pensamento majoritário da comunidade universitária.
A Vereadora Ana Corso/PT, lamentou o que ela considera de profundo desrespeito dos Vereadores proponentes da Moção. Acho lamentável que um assunto interno do nosso partido venha a ser motivo de Moção, querem constranger o PT, não esperava que isso fosse acontecer.
Mauro Pereira/PMDB, defendeu o Padre Roque, dizendo que é uma pessoa que pensa no futuro da cidade.
Geni Peteffi/PMDB, disse que a intenção da Moção não é ter ingerência no PT, mas sim é de prestar solidariedade para uma pessoa que está sofrendo grandes pressões. "Quando a gente vota alguma coisa que não é favorável aos pensamentos da Vereadora Ana, daí estamos indo contra o partido dela.
O Vereador Marcos Daneluz/PT, disse que o Padre Roque não deve estar contente com a Moção. Quem de nós na vida pública que nunca teve algum problema no seu partido? Acredito que o Padre Roque tem condições de fazer um debate interno com o partido sem problema nenhum. O Vereador também disse que o debate é oportunista e tenta usar um episódio interno do PT como instrumento político. Marcos pediu que a Moção fosse retirada.
Rodrigo Beltrão/PT, disse estar triste pelo que ele chamou de brincadeira dos autores da Moção. A comunidade acadêmica ainda está triste com o acontecido, não podemos fazer um circo aqui na Câmara, estamos perdendo tempo discutindo essa piada.
O Vereador Assis Melo/PCdoB, disse que essa discussão não pertence somente ao PT, pois o Padre Roque pertence ao Conselho da Universidade. Assis também mencionou que o assunto da eleição para Reitor da UCS, também foi tema dos debates na Câmara, portanto, o tema do desligamento do Padre Roque também pode ser debatido. Esse não é um problema do PT e sim da Universidade, o Padre Roque não está no conselho porque é do PT, nem o Governo Lula e nem o MEC são do PT.
Denise Pessôa/PT, também disse que uma discussão interna do partido não deve pautar as Sessões da Câmara. Não entrei na política para fazer um debate tão baixo.
O Vereador Elói Frizzo/PSB, disse que o que o PT está tentando desconstituir o Padre Roque. A partir do momento que isso saiu na imprensa não é mais um assunto interno. Tenho certeza que a comunidade caxiense está aplaudindo o Reitor Isidoro Zorzi e o PT viu que entrou em uma canoa furada.
Votaram contra a Moção a bancada do PT, o Vereador Daniel Guerra/PSDB, e o Vereador Renato Oliveira/PCdoB.